A menos de um mês do desfile, dia 8 de fevereiro, o Bloco Loucura Suburbana ainda enfrenta dificuldades por falta de recursos.
Com o fim dos editais que qualificava o Ponto de Cultura Loucura Suburbana para a obtenção de verbas, o bloco busca formas de resistir e prosseguir com o baile.
Para garantir o desfile, o Loucura Suburbana, localizado no Instituto Municipal Nise da Silveira, criou uma campanha de auto-financiamento, no site www.catarse.me/ loucurasuburbana.
As contribuições permitirão que a alegria continue ocupando as ruas do Engenho de Dentro e vai integrar a população em uma luta maior, que é a extinção dos hospícios e a invenção de alternativas terapêuticas que unem arte e cultura. O auxílio permitirá também a manutenção de uma equipe que desenvolve oficinas ao longo do ano e da qual fazem parte usuários de saúde mental.
As doações, a partir de R$10,00, podem ser feitas até o dia 7 de fevereiro, véspera do desfile do Loucura, que abre o Carnaval do Engenho de Dentro. O valor solicitado nesta campanha é o mínimo para colocar o bloco na rua e representa, na realidade, 1/4 dos custos das suas necessidades. Por isso, espera-se ultrapassar a meta para que o bloco possa fazer um desfile com a qualidade dos anos anteriores e que os foliões dessa cidade merecem.
Criado em 2001, como parte do processo de desconstrução do modelo asilar do Instituto Municipal Nise da Silveira, o Bloco Carnavalesco Loucura Suburbana rompeu os muros do hospício e resgatou o carnaval de rua do Engenho de Dentro, reunindo usuários, familiares e funcionários da rede de saúde mental, além de moradores do bairro e adjacências, criando um movimento de integração com a comunidade tendo como motivação a maior festa popular brasileira. Desde então abre o carnaval do bairro, arrastando foliões e contribuindo para transformar o preconceito contra a loucura em admiração, respeito e desejo de integrar-se.