Há três anos, o projeto NegroMuro tem a missão de transformar o Rio em um grande circuito de arte a céu aberto, com retratos de personalidades negras em muros da cidade aliando arte, tecnologia e informação.
O Méier já serviu de tela para uma das artes do projeto. O escritor Lima Barreto, ex-morador do bairro, foi homenageado em um grande muro na Rua Vilela Tavares (foto). Hoje, a pintura não está mais no local, mas o registro fotográfico e a lembrança continuam.
O idealizador do NegroMuro é o produtor cultural, Pedro Rajão, criador também do coletivo ‘Leão Etíope do Méier’ que, antes da pandemia se instalar por aqui, promovia diversos eventos culturais na Praça Agripino Grieco e Jardim do Méier.

Para Rajão, é importante lembrar histórias que o mundo esqueceu de contar e ressaltar personagens que foram negligenciados ao longo do tempo. A arte, então, se tornou o melhor caminho para conquistar esse objetivo.
Junto com o artista urbano, Cazé, e a produtora Duda Mattar, o trio homenageou personagens, como: Clementina de Jesus (no Engenho Novo), Cartola, Elza Soares, Fela Kuti, Cruz e Souza, entre outros.

Um dos grandes diferenciais dos painéis é a presença de um QR Code, onde o público pode acessar textos, músicas, podcasts e um mapa interativo dos murais produzidos e informações sobre o valor histórico de cada personagem.
Para que o projeto possa continuar, foi lançada uma campanha de financiamento coletivo.