Quem teve a oportunidade de passar a infância no Méier e região, principalmente nos anos 70, 80 e 90, provavelmente, se divertiu com essas brincadeiras, apesar de algumas terminarem em confusão. Mate a saudade dos jogos que te faziam feliz:
Golzinho
A falta de quadra não é problema. O golzinho é jogado na rua ou play e a trave feita de chinelos Havaianas (não esses novos modelos novos, mas aqueles brancos com a tira azul clara).
Geralmente, eram dois jogadores de cada lado e o jogo só acabava quando alguém perdia a unha ou a mãe ameaçava com o mesmo chinelo Havaianas que estava marcando a trave na quadra.
Taco
O jogo de Taco é o críquete da Zona Norte. Inclusive, na nossa opinião, poderia virar esporte Olímpico. Ganha a brincadeira quem derrubar a garrafa na base adversária. O resultado quase sempre era uma janela quebrada na vizinhança. Um jogo feito para corações fortes.
Elástico
A brincadeira do Elástico dominava a hora do recreio nos colégios. Duas crianças seguravam o elástico com os pés, enquanto uma criança ficava no centro. O objetivo era acertar os movimentos combinados anteriormente. Conforme passava a fase, a altura do elástico subia e a dificuldade aumentava.
Os meninos não entendiam muito bem essa brincadeira.
Bolinha de gude
Uma das mais tradicionais brincadeiras, passada de geração em geração. Esse jogo tinha diversas versões. Uma das mais populares era tirar as bolinhas de um triângulo desenhado com giz, no chão. Também merecia um lugarzinho nas próximas Olimpíadas.
Amarelinha
A mais democrática das brincadeiras, até adulto participava. O objetivo era pular de casa em casa até chegar ao céu. Virou até tema música de apresentadora infantil.
Cante com a gente: “Amarelinha, pulando pulando até chegar ao céu”
Bater Bafo
É um jogo tenso, já que você pode perder todas as suas figurinhas conquistadas com muito suor. O objetivo da brincadeira é virar as figurinhas com a palma da mão. Cada um tinha sua própria técnica e algumas crianças, com sangue nos olhos pela vitória, utilizavam até cuspe para vencer.
Queimado
O jogo é composto de dois times. Meninos e Meninas dividiam a quadra com o objetivo de acertar os adversários com a bola.
Obs: boladas na cara eram permitidas nas partidas de maior rivalidade, mas podia dar treta e a brincadeira acabava.
Pique esconde
Este jogo exigia velocidade, inteligência, companheirismo e habilidade na arte da camuflagem. Era quase um treinamento para o exército.
Uma criança tinha a missão de encontrar as demais que se esconderam. Quando encontrava, tinha que correr para a base da contagem e gritar “1,2,3 fulano”!!
O problema é que se a última criança a ser encontrada chegasse na base da contagem primeiro e gritasse: “Bate salve todos”, todas as outras crianças que foram encontradas eram salvas e o esforço de quem procurava era jogado no lixo. Muito triste, mas também um ensinamento de como lidar com as frustrações na vida adulta :(
Carrinho de Rolimã
Montanha Russa é para os fracos. No carrinho de rolimã era onde a adrenalina corria em nossas veias, porque o perigo era real. A cada descida na ladeira, a vida passava em frente aos nossos olhos e, mesmo assim, o desafio era enfrentado.
Gato mia
Um dos jogadores ficava com os olhos vendados e tinha que sair a procura dos outros. Não valia correr e geralmente a brincadeira acontecia em local fechado.
Ao encontrar, o pegador devia falar: “gato mia”. O jogador que foi pego deve fazer um “miaaauuuu”. Se o pegador acertar quem é a pessoa, quem foi pego será o próximo a ter os olhos vendados.
Muitos roubavam nesse jogo, pedindo para outra pessoa fazer o “miauuu”. Não façam isso se forem brincar novamente.
Lembra de outras brincadeiras? Coloque nos comentários!
Foto de destaque: Imagem de Abby Haukongo por Pixabay
Foto bolinhas de gude: Fundo foto criado por freepik – br.freepik.com