O governo estadual já tem um estudo de viabilidade para a expansão da Linha 1 do metrô na Zona Norte, da Tijuca até o Méier. O anúncio foi feito ontem pela concessionária MetrôRio durante o seminário sobre mobilidade urbana “O Rio não pode parar” — que, na Associação Comercial do Rio, começou com atraso de 45 minutos porque dois palestrantes levaram duas horas e meia da Barra da Tijuca ao Centro, de carro.
Segundo os representantes da empresa, já estão na mesa do governador Luiz Fernando Pezão, as coordenadas para o prolongamento dos trilhos a partir da Estação Uruguai e também para a construção da Linha 5, da Gávea, na Zona Sul, ao Largo da Carioca, no Centro. “Apresentamos possíveis cenários para a expansão das linhas, em pontos de grande demanda, com necessidade de aumento da oferta de lugares”, disse o diretor de engenharia do MetrôRio, Joubert Flores.
De acordo com a concessionária, a Rua Barão de Mesquita, uma das mais movimentadas da Grande Tijuca, teria uma das estações do novo trecho. Além dos moradores do Méier, o traçado deve beneficiar a população de bairros que ficam pelo caminho, como Andaraí, Vila Isabel, Grajaú e Engenho Novo.
A ideia de levar o metrô até o Méier é antiga, da década de 1970, mas foi abandonada durante a construção da Linha 1. O bairro já é atendido pelos trens da SuperVia que vão até a Central do Brasil, onde se pode fazer a integração com o metrô.
No mês passado, durante a inauguração da Estação Uruguai, o então vice-governador Pezão chegou a prometer que levaria o metrô até o coração do subúrbio, já pensando nas eleições para um segundo mandato, mas sem dar detalhes de quais bairros poderiam ser atendidos.
O presidente do MetrôRio, Flávio Medrano de Almada, que também participou do seminário, defendeu a criação de um fundo estadual permanente voltado ao desenvolvimento do transporte de massa no Estado do Rio. “O investimento em transporte público é tão crucial para o nosso desenvolvimento que não pode ser uma política de um governo, mas de Estado”, afirmou.
Linha 5 terá dez quilômetros de trilhos
Na quinta-feira, 3 de abril, último dia de seu mandato, o então governador Sergio Cabral publicou no Diário Oficial o anúncio da licitação para a contratação da empresa que fará o projeto básico e os estudos ambientais das oito estações previstas no trajeto Gávea-Largo da Carioca do metrô.
A etapa de projeção da nova linha está orçada em R$ 35,5 milhões, a serem pagos à empresa vencedora da licitação com recursos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam).
O trecho Gávea-Carioca terá dez quilômetros de trilhos. A escolha dos locais definitivos das estações ainda depende de estudos, mas a Secretaria Estadual da Casa Civil informou que deverão ser contemplados com paradas do metrô a Praça Santos Dumont (Gávea), Jardim Botânico, Humaitá, Largo dos Leões, Morro Dona Marta e a parte baixa de Santa Teresa. Na Estação Carioca, haverá uma nova estação de integração, segundo a Casa Civil. O processo licitatório começará em 3 de junho. Ainda não há previsões para o início da construção.
Aplicativo dá o caminho
Com dois toques na tela do telefone celular, os usuários de ônibus de todo o Estado do Rio poderão conhecer as melhores opções de linhas e trajetos no aplicativo Vá de Ônibus, que a Fetranspor lança em junho. Ele fornecerá um mapa das rotas dos coletivos de forma simplificada, concentrando as informações em duas seções: Onde Estou e Como Chegar.
Com o auxílio do GPS, o campo Onde Estou vai indicar quais linhas passam próximo do usuário. Quando ele digitar para onde deseja ir na seção Como Chegar, o Vá de Ônibus exibirá a melhor opção com base no custo total da viagem, na distância percorrida e ainda no número de integrações. O aplicativo, gratuito e trilíngue (português, inglês e espanhol), estará disponível para smartphones com os sistemas IOS e Android.