Uma estátua de leão localizada entre as ruas Dias da Cruz e Hermengarda se tornou símbolo do bairro do Méier e, agora, também de resistência cultural na Zona Norte. Há seis meses, as imediações passaram a receber eventos com apresentações musicais e intervenções artísticas promovidos pelo coletivo “Perto do Leão Etíope do Méier”.
“A ideia é fortalecer o contra-fluxo cultural. A proposta é ocupar o espaço público com arte e de forma gratuita. Acho que todo mundo que transita ou mora pela Zona Norte sente falta dessa espontaneidade perdida na rua”, explica Pedro Rajão, articulador do coletivo.
O projeto foi concebido em 2011, mas só foi para às ruas em janeiro deste ano. A produção é independente e conta com parcerias com coletivos, como o Norte Comum. Os artistas se apresentam sem cobrar cachê, passando o chapéu.
A ideia do projeto é ser itinerante, mas até agora todas as edições aconteceram na Praça Agripino, que fica bem perto ao Leão. “A escolha da Agripino Grieco se deu por estar numa região muito central do Méier. É próxima à estação de trem, ao terminal rodoviário, ao Baixo Méier, à pista de skate, é bem iluminada e tem a Tia Célia da floricultura que nos ajuda fornecendo energia elétrica. Além disso, a praça é um anfi-teatro, tem uma acústica boa e deixa as pessoas mais próximas”, conta Pedro.
Programação do Leão
Até abril, o evento teve edições mensais. No momento, o projeto caminha para apresentações artísticas semanais. Já passaram pelo Leão, música jamaicana, samba, rock, reggae, dub, rap, choro e apresentações circenses.
A última apresentação foi da banda de surf music Beach Combers, no dia 07 de junho.