Antes de escrever esse texto, tive momentos de completa nostalgia e precisei refletir bastante sobre a minha vida
Na verdade, acho que qualquer pessoa nascida a partir da década de 80 teria a mesma sensação; estou falando sobre a melhor etapa das nossas vidas: a infância. Nesse estágio podemos desfrutar de total energia e alegria. A inocência ainda prevalece, e as coisas são feitas sem a preocupação constante no que é certo ou errado. Não só agimos espontaneamente, como também ficamos felizes simplesmente pela sensação de estar brincando.
Desde quando ainda estamos no ventre materno já temos contato com o movimento, que muitas vezes pode ser considerada uma forma de brincar, quer dizer, precisamos alongar todo o nosso pequenino corpo para caber num espaço tão “apertadinho”, ou ainda mais: quantas vezes chutamos ou nos mexemos na barriga de nossas mães, conforme algum comando vindo da mãe e do pai? Bem, isso funciona para mostrar como nossa biologia foi criada para sermos sempre ativos e brincalhões.
Após o nascimento, começamos a engatinhar, andar em desequilíbrio, e por fim, caminhar normalmente. Durante a infância, ano a ano, percebemos mudanças significativas, como na altura, postura, coordenação motora, equilíbrio, velocidade e força. A partir daí, podemos criar brincadeiras baseadas nessas capacidades físicas, a fim de promover a melhora delas e proporcionar um crescimento saudável.
Infelizmente, o brincar não é mais o mesmo que antigamente
A tecnologia vem tomando conta de quase todas as situações e a criança, ao invés de interagir com as pessoas, com a natureza ou consigo mesma, deixa de lado os brinquedos e as brincadeiras interativas, para “brincar” somente com os virtuais.
Não sou contra o avanço tecnológico, mas considero relevante para a saúde o contato corpo a corpo, olho a olho. Quem não se lembra das famosas brincadeiras de pique e pega e bola de gude?
Hoje em dia é difícil encontrar crianças praticando esses tipos de atividades por vontade própria. Por isso, e somando-se ao fato da alimentação gordurosa e cheia de calorias, o número de crianças obesas cresce a cada ano. É preciso que esse hábito seja quebrado! Os pais não podem ficar parados e, de mãos atadas, verem tudo isso acontecer! Primeiro, a mudança tem que vir de casa: o adulto precisa ter hábitos saudáveis também.
Aproveite para se exercitar com o seu filho, estimule-o a agir diferente da maioria e ensine-o a brincar das mesmas coisas que você era acostumado a fazer. Vai ser legal!
Brinque sempre e VIVA BEM!