Quem teve a oportunidade de passar a infância na Zona Norte do Rio, com certeza, se divertiu e participou de algumas dessas brincadeiras. Mate a saudade dos jogos que te faziam feliz:
Golzinho
A falta de quadra não é problema. O golzinho é jogado na rua e a trave feita de chinelos Havaianas (não esses novos modelos cheios de frescura, mas aqueles brancos com a tira azul clara).
Geralmente eram dois jogadores de cada lado e o jogo só acabava quando alguém perdia a unha.
Taco
O jogo de Taco é o baseball da Zona Norte. Ganha a brincadeira quem derrubar a garrafa na base adversária. O resultado quase sempre era uma janela quebrada na vizinhança.
Elástico
A brincadeira do Elástico dominava a hora do recreio nos colégios da Zona Norte. Duas crianças seguravam o elástico com os pés, enquanto uma criança ficava no centro. O objetivo era acertar os movimentos combinados anteriormente. Conforme passava a fase, a altura do elástico subia e a dificuldade aumentava.
Os meninos nunca entenderam direito essa brincadeira.
Bolinha de gude
Uma das mais tradicionais brincadeiras, passada de geração em geração. Essa brincadeira tinha diversas versões. Uma das mais populares era tirar as bolinhas de um triângulo desenhado com giz, no chão.
Amarelinha
A mais democrática das brincadeiras, até adulto participava. O objetivo era pular de casa em casa até chegar ao céu. Virou até tema música de apresentadora infantil.
Bater Bafo
É um jogo tenso, já que você pode perder todas as suas figurinhas conquistadas com muito suor. O objetivo da brincadeira é virar as figurinhas com a palma da mão. Cada um tinha sua própria técnica e algumas crianças, com a mente do mal, utilizavam até cuspe para garantir a vitória.
Queimado
O jogo é composto de dois times. Meninos e Meninas dividiam a quadra com o objetivo de acertar os adversários com a bola.
Obs: boladas na cara eram permitidas, mas podia dar treta e a brincadeira acabava.
Pique esconde
Este jogo exigia velocidade, inteligência, companheirismo e habilidade na arte da camuflagem. Era quase um treinamento para o exército.
Uma criança tinha a missão de encontrar as demais que se esconderam. Quando encontrava, tinha que correr para a base da contagem e gritar “1,2,3 fulano”!!
O problema é que se a última criança a ser encontrada chegasse na base da contagem primeiro e gritasse: “Bate salve todos”, todas as outras crianças que foram encontradas eram salvas e o esforço de quem procurava era jogado no lixo. Muito triste :(
Gato mia
Um dos jogadores ficava com os olhos vendados e tinha que sair a procura dos outros. Não valia correr e geralmente a brincadeira acontecia em local fechado.
Ao encontrar, o pegador devia falar: “gato mia”, e o jogador que foi pego deve fazer um “miaaauuuu”. Se o pegador acertar quem é a pessoa, quem foi pego será o próximo a ter os olhos vendados.