Lorrayne Isidoro Gonçalves, de 17 anos, está com viagem marcada rumo à Copenhague, na Dinamarca, para representar o Brasil na 16ª Olimpíada Internacional de Neurociência (2016 Brain Bee World Championship), que acontece de 30 de junho a 4 de julho.
Aluna de escola pública e moradora da Favela da Camarista, no Méier, subúrbio do Rio de Janeiro, a jovem superou outros 13 concorrentes na final do torneio da 4ª Olimpíada Brasileira de Neurociências (Brazilian Brain Bee). Para vencer a competição, Lorrayne teve de responder 100 questões em provas de neuroanatomia, neurohistologia, neurofisiologia e neurociências clínicas.
“Está uma correria agora. Tenho que me preocupar com passaporte, buscar mais livros para estudar e organizar meu tempo para me sair bem na olimpíada, sem esquecer da escola e do Enem. Mas eu estou muito feliz. Faço isso com dedicação e alegria”, conta Lorrayne, na barraca de camelô do pai, nas proximidades da estação de trem do Engenho Novo, na zona norte do Rio, pouco depois de sair do Colégio Pedro II, instituição de ensino federal em que estuda.
Durante o preparo para a olimpíada internacional, a garota que já fala inglês e francês também começou a estudar dinamarquês por conta própria. Ela diz que é para poder se comunicar melhor durante a competição.
“Fico feliz de ver a determinação dela. A coisa mais normal do mundo é eu chegar do trabalho, quase meia-noite, e encontrar a Lorrayne estudando. Ela está certa de buscar o objetivo”, conta o pai da jovem, Jorge Cabral Gonçalves, de 61 anos, que estudou até o 2º ano do ensino médio.
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Foto: arquivo Colégio Pedro II